quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Com o final da temporada chegando, vários jogadores recorrem à polêmica prática de elo job



“Lembre-se que Elo Job não é trapaça, é uma oportunidade de melhorar encontrando players de seu nível e desenvolver com eles a sua habilidade”. Essa polêmica frase é usada por empresas de Elo Job para atrair seus clientes e justificar a prática. 

O sucesso do eloboost no League of Legends é inevitável, seja positivo ou negativo. A prática é simples: você paga para um jogador melhor que você entrar na sua conta e melhorar suas estatísticas. Praticamente qualquer jogo competitivo de e-sports possui alguma variável do serviço.

“Nós acreditamos no seu potencial como player e sabemos que você só está travado em uma Divisão devido a jogadores tóxicos.” - EloRocket

No Brasil, existem inúmeras empresas dedicadas a esse serviço. No entanto, a empresa Elo Rocket é referência nesse ramo, sendo uma das mais antigas e conhecidas de nosso cenário nacional. A empresa foi fundada em maio de 2013 por um jovem que atende ao apelido de Sheldon, e com pouco mais de um ano de mercado tornou-se inspiração para muitas outras empresas, que se baseiam em sua filosofia de trabalho..

Atualmente, o site realiza cerca de 600 boosts de contas por mês abrangendo das ligas Bronze ao Desafiante. Existem cerca de 49 jobbers (jogadores que realizam a ação) que são treinados para reduzir o número de casos de suspensão, sendo instruídos quanto ao número de pessoas que acessarão a conta, com quem poderão falar no chat, horários para jogarem e etc., sempre visando um trabalho que levante o mínimo de suspeitas da Riot, uma vez que de acordo com o Código do Invocador, é uma atitude errada e passível de punição.

O site oferece, ainda, um sistema de Duo-Boost. Onde o cliente joga as suas partidas ranqueadas com um membro da empresa que possui um elo alto, e dessa maneira, irá aprender com alguém mais experiente. Sheldon afirma que dessa maneira, a Riot Games não pode punir os envolvidos, uma vez que esse método não vai contra os Termos de Serviço.

“Desejamos melhorar os adversários que vocês possuem para que vocês possam jogar contra os jogadores que merecem também assim evoluindo suas habilidades!” Essa é uma das frases mais encontradas em anúncios de elojob


Então por que fazer? 

O atirador eSa é um dos exemplos mais
conhecidos de jogadores brasileiros banidos
pela prática de elojob
A maioria dos jobbers considera isso um meio de entrada para o cenário competitivo de League of Legends. Realizando um boost na conta do cliente, o jogador recebe um retorno financeiro com o qual podem investir em equipamentos, otimizando o seu jogo e possibilitando a realização de streams (transmissão ao vivo de partidas). Além disso, é um método considerado "fácil de ganhar dinheiro" contornando situações em que as famílias pressionam por um retorno financeiro.

Por mais que pareça ser algo divertido e recompensador, encontrar os praticantes de eloboost não é uma tarefa fácil. O serviço é utilizado com frequência, mas ninguém tem coragem de admitir a prática. Seja por vergonha, medo de perder a conta ou até a carreira dentro do cenário competitivo de League of Legends.


A demanda só tende a aumentar

Com o anúncio das recompensas e o final da quarta temporada chegando, a polêmica do elojob volta à tona. A corrida para subir de divisão e receber as tão sonhadas recompensas de fim de temporada faz com que muitos jogadores procurem por serviços de eloboost para que no ano seguinte, possam exibir suas bordas, skins, ícones conquistados por “mérito próprio”. Com isso, empresas como a Elo-Rocket possuem um número maior de clientes nesse período, e por isso, se desdobram para cumprir os seus objetivos.

Dessa forma, os finais de temporada tornam-se verdadeiros pesadelos para os jogadores de League of Legends. Enquanto que os jogadores de ligas mais baixas têm que enfrentar oponentes com um nível de jogo muito superior (jobbers), os invocadores de ligas mais elevadas acabam por cair em partidas com jogadores que tiveram suas contas compartilhadas. Assim, os jogos ficam desequilibrados.



Posição da Riot

Para a Riot Games, qualquer ato de compartilhamento de contas é condenável e passível de punição. Dessa forma, o elojob vai contra as regras da Riot. Mas, se é algo tão condenável pela comunidade e pela própria empresa, por que ainda existem inúmeros relatos da prática?

No início desse ano, um jogador brasileiro apontou diversos nomes que praticavam elojob, com acusações e provas concretas do fato. O caso tomou proporções internacionais, e a comunidade brasileira começou a pressionar a Riot brasileira para providências serem tomadas. Logo em seguida, a Riot anunciou o nome de mais de 100 invocadores que tiveram suas contas banidas e foram suspensos do competitivo pela prática de elojob. A maioria desses nomes eram conhecidos da comunidade brasileira.


Central da Riot Games da América do Norte
Ao contrário do que muitos acusam, a Riot Games não defende a prática de eloboost e nem baniu os jogadores apenas para maquiar o problema. A empresa está em constante processo para tornar o cenário brasileiro de League of Legends mais sadio, e inclusive possui um departamento responsável por investigar denúncias realizadas por jogadores da comunidade e todos os casos são analisados rigorosamente. Vale ressaltar, ainda, um caso que ocorreu durante a BGS 2012, quando uma equipe profissional (5 LoL Diretoria) foi desclassificada da competição por eloboosting, evidenciando a prática recorrente de punição para esses casos. 

Essa forte medida da Riot abriu os olhos de muitos jogadores para o problema. O elojob existe, sempre existiu, e provavelmente, sempre existirá. Os “profissionais” do ramo possuem táticas e são instruídos para que não levantem suspeitas. Dessa forma, cabe à equipe da Riot estar trabalhando constantemente no caso, diminuindo esses incidentes. 


Importante: O Demacia NÃO apoia a prática de elojob!


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