quinta-feira, 24 de abril de 2014

A importância da “várzea” para o League of Legends



Várzea. Nada é tão brasileiro e comum a nós do que o futebol de várzea, aqueles campinhos espalhados em cada cantinho do nosso país de grama, terra, areia, concreto, asfalto, barro, ou a mistura destes e outros elementos. Duas traves, chinelas, paralelepípedos, pedaços de madeira, ferro, ou quaisquer outros materiais. E vontade, muita vontade. A várzea é o coração do principal esporte do Brasil e ele é a inspiração deste artigo.

2014 é um ano de muita mudança para o League of Legends (LoL) no Brasil. Um ano de muitos investimentos, aquecimento, apostas, importações, profissionalização. Profissionalização. A tão sonhada elevação do “joguinho de bonecos coloridos” ao “esporte eletrônico” como n’outros países mundo a fora. O que, há poucos anos, parecia um sonho e um desejo inalcançável, hoje é realidade. Jogadores vivendo disto, sendo pagos para isto. E, por detrás, toda uma estrutura sendo formada. Ligas, patrocínios, empresas, organizações, grandes eventos, arenas, Maracanãzinho. Maracanãzinho, pessoal!

Cada dia que passa, o League of Legends vai tomando proporções inimagináveis. Jogadores ganham status de ídolos, assim como no futebol. E, assim como no futebol, é na várzea que as coisas realmente acontecem! “Como assim? O que diabos você está dizendo? Aonde você quer chegar?”, devem estar perguntando vocês neste exato momento.

E a resposta é simples: a várzea é o caminho!

Pode parecer confuso, a princípio, mas muito claro àqueles que já compreenderam o insight que move este artigo. Se, por um lado, caminhamos cada vez mais para a profissionalização e a consolidação de um cenário e circuito oficial. Por outro, é na “várzea”, nos torneios de menor repercussão, no circuito amador (ou semi-profissional, como quiserem chamar), e na soloQ que as coisas realmente vão acontecer. Isto já é um fenômeno recorrente em outros cenários.



Há dois anos, o NA foi surpreendido com a chegada da desconhecida Cloud 9. Este ano, no EU, tivemos a ascensão da Roccat. E, inclusive, este ano tivemos as challenger series que é, nada mais, nada menos do que institucionalizar a várzea (os times da divisão desafiantes). Este artigo é um alerta e, ao mesmo tempo, um salve àqueles que jogam, promovem e fazem o circuito brasileiro!


A partir de agora, deste ponto que chegamos, vocês serão cada vez mais necessários e essenciais. Serão responsáveis por trazer novidades, por reoxigenar os campos da justiça. E é por isto que fiz um paralelo com a várzea, não de forma pejorativa, mas para exaltá-la. Para o futebol, a várzea é extremamente necessária. Para o e-sport, os torneios amadores e seus circuitos também.

[Fotos: Montagem - Web | EUW Challenger Series - Web]


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