segunda-feira, 24 de março de 2014

Quem é rei nunca perde a majestade: o retorno de manajj




Neste final de semana que passou tivemos um grande evento presencial brasileiro, a BGL Arena #03, que aconteceu nos dias 22 e 23. As quatro melhores equipes do cenário nacional (Pain Gaming, Keyd Stars, CNB e-Sports e Kabum e-Sports) disputaram um prêmio avaliado em 10 mil reais na Arena X5, em São Paulo. O torneio, primeiro presencial após as grandes mudanças nas line-ups, trouxe uma reoxigenação dos times, com alguns nomes novos e muitos retornos.

E justamente sobre um destes retornos que abordaremos neste artigo: a volta do atirador (adcarry) André “manajj” Rocha ao time titular da CNB e-Sports. Desde o final da Intel Extreme Masters (IEM), em fevereiro, o jogador tinha sido movido para a reserva e substituído por André "esA" Pavezzi, ex-Seven Wars. Inclusive, esA foi quem disputou a etapa classificatória (on-line) para a BGL Arena #03. Porém, as recentes investigações sobre manipulação de mmr (vulgo “elojob”) tinham o nome de esA entre os acusados da prática e, em acordo, o jogador saiu da organização que reintegrou manajj ao time titular semanas antes do evento.

Desta feita, restavam uma série de dúvidas quanto a atuação de atirador que deste o Desafio Internacional não apresentava uma performance consistente, sendo inclusive alvo de críticas sobre o seu foco enquanto jogador profissional.



Porém, o que vimos na BGL Arena #03 foi algo surpreendente. Atuações em alto nível ao longo dos oito jogos que disputou (a CNB ficou em terceiro lugar, levando um prêmio de 2 mil reais). Conforme nosso infográfico (clica aqui, moço!), manajj teve a terceira maior média de abates por partida (4.5 aproximadamente) e a segunda maior média de farm por partida (320.87).

Sua média de abates, mortes e assistências, vulgo K.D.A. (Kill, Deaths, Assists), ficou em: 4.5/2.37/5.62. Contudo, não apenas números falam por manajj, mas também sua postura e seu jogo.

Conhecido pela sua constância e consistência com determinados campeões, sobretudo sua Caitlyn, o atirador da CNB trouxe novidades para a posição e para o time. No primeiro jogo, por exemplo, ele teve sua Caitlyn sendo selecionada pela equipe da Pain Gaming e, com o Lucian, apresentou um jogo forte. Embora tenha mantido seu pick confortável (a Caitlyn foi selecionada quatro vezes por manajj), o jogador trouxe personagens atuais do metagame mundial, como Jinx e Lucian. E, inclusive, na final consolação, apresentou um Varus numa partida de mais de uma hora de duração.

Com um jogo muito seguro, onde inclusive, foi notado pelos casters brasileiros do seu posicionamento em farmar numa rota, enquanto seu time pressionava outros objetivos (um padrão adotado bastante pelo atirador da CLG, Doublelift). Isso garantiu a manajj sua alta taxa de farming e, por conseguinte, a construção de itens de dano que garantiam vantagem nas lutas de equipe.




Muito embora a CNB não tenha alcançado o topo do campeonato, suas apresentações – dado os problemas de troca na posição de atirador – mostraram que manajj ainda tem muito a oferecer à sua equipe. É importante destacar, inclusive, que muito do sucesso de manajj vem da sua sinergia com o suporte, Leonardo “Alocs” Belo, que juntos compõem a rota inferior mais antiga do país. Temos o retorno de um dos reis da posição, numa das equipes mais tradicionais do Brasil. Quem ganha com isto? Todos nós!

[Fotos: manajj e CNB pela BGL Arena #3 - Créditos: mycnb.com & facebook CNB]


Top