
Neste final de semana que passou tivemos um grande evento
presencial brasileiro, a BGL Arena #03,
que aconteceu nos dias 22 e 23. As quatro melhores equipes do cenário nacional (Pain Gaming, Keyd Stars, CNB e-Sports
e Kabum e-Sports) disputaram um
prêmio avaliado em 10 mil reais na Arena
X5, em São Paulo. O torneio, primeiro presencial após as grandes mudanças
nas line-ups, trouxe uma reoxigenação
dos times, com alguns nomes novos e muitos retornos.
E justamente sobre um destes retornos que abordaremos neste
artigo: a volta do atirador (adcarry)
André “manajj” Rocha ao time titular
da CNB e-Sports. Desde o final da
Intel Extreme Masters (IEM), em fevereiro, o jogador tinha sido movido para a
reserva e substituído por André "esA"
Pavezzi, ex-Seven Wars. Inclusive, esA foi quem disputou a etapa
classificatória (on-line) para a BGL
Arena #03. Porém, as recentes investigações sobre manipulação de mmr (vulgo “elojob”) tinham o nome de esA
entre os acusados da prática e, em acordo, o jogador saiu da organização que
reintegrou manajj ao time titular
semanas antes do evento.
Desta feita, restavam uma série de dúvidas quanto a atuação
de atirador que deste o Desafio
Internacional não apresentava uma performance consistente, sendo inclusive
alvo de críticas sobre o seu foco enquanto jogador profissional.
Porém, o que vimos na BGL Arena #03 foi algo surpreendente. Atuações em alto nível ao longo
dos oito jogos que disputou (a CNB
ficou em terceiro lugar, levando um prêmio de 2 mil reais). Conforme nosso
infográfico (clica
aqui, moço!), manajj teve a
terceira maior média de abates por partida (4.5 aproximadamente) e a segunda maior média de farm por partida (320.87).
Sua média de abates, mortes e assistências, vulgo K.D.A. (Kill, Deaths, Assists), ficou
em: 4.5/2.37/5.62. Contudo, não
apenas números falam por manajj, mas também sua postura e seu jogo.
Conhecido pela sua constância e consistência com
determinados campeões, sobretudo sua Caitlyn,
o atirador da CNB trouxe novidades
para a posição e para o time. No primeiro jogo, por exemplo, ele teve sua Caitlyn sendo selecionada pela equipe
da Pain Gaming e, com o Lucian, apresentou um jogo forte.
Embora tenha mantido seu pick confortável (a Caitlyn foi selecionada quatro vezes por manajj), o jogador trouxe personagens atuais do metagame mundial, como Jinx e Lucian. E, inclusive, na final consolação, apresentou um Varus numa partida de mais de uma hora
de duração.
Com um jogo muito seguro, onde inclusive, foi notado pelos casters brasileiros do seu
posicionamento em farmar numa rota,
enquanto seu time pressionava outros objetivos (um padrão adotado bastante pelo
atirador da CLG, Doublelift). Isso garantiu a manajj sua alta taxa de farming e, por conseguinte, a construção
de itens de dano que garantiam vantagem nas lutas de equipe.
Muito embora a CNB
não tenha alcançado o topo do campeonato, suas apresentações – dado os
problemas de troca na posição de atirador – mostraram que manajj ainda tem muito a oferecer à sua equipe. É importante
destacar, inclusive, que muito do sucesso de manajj vem da sua sinergia com o suporte, Leonardo “Alocs” Belo, que juntos compõem a rota
inferior mais antiga do país. Temos o retorno de um dos reis da posição, numa
das equipes mais tradicionais do Brasil. Quem ganha com isto? Todos nós!
[Fotos: manajj e CNB pela BGL Arena #3 - Créditos: mycnb.com & facebook CNB]