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Parte II - "Pontos fortes & pontos fracos" (Fonte: web + montagem) |
Olá, todos estão bem?
Antes de tudo, gostaria de agradecer a ótima repercussão que
a primeira parte deste artigo teve (se você não leu, clique aqui e não perca de vista!), obrigado mesmo! Inclusive, um amigo meu estava me contando que
associações entre o League of Legends
(LoL) e ‘A Arte da Guerra’ já é
coisa antiga entre as pessoas que jogam e, inclusive, há um canal no youtube do usuário gbay99 (clica
aqui, mas é em inglês!) com vídeos chamados “The Art of League”, muito bons por sinal. O mais engraçado é que
uma amiga me mandou este canal depois de ter escrito a primeira parte.
Isto só mostra o poder que esta obra tem e o quão rica ela é,
pois cada pessoa é capaz de extrair um pouco de seu conhecimento e aplicá-lo
não só ao League of Legends, mas à
sua vida. Na nossa primeira parte, conhecemos o princípio da “espada embainhada” que serve como ponto
para o que vamos explorar neste segundo artigo: Pontos fortes & Pontos fracos.
Pontos fortes & Pontos Fracos
Em alguns textos, este capítulo é conhecido como “Do cheio de do vazio”, mas na tradução
que li é tido por “pontos fortes &
pontos fracos” e, por mais que pareça obvio, numa leitura simplória a
exploração destes pontos é algo crucial para o sucesso na Arte da Guerra e,
conseqüentemente, no League of Legends.
O pensamento expresso neste capítulo é, na realidade, a essência da nossa rota do topo (top lane), muito embora seja aplicada a qualquer uma delas. Mas
gosto de fazer alusão ao topo, pois
é lá que temos um embate franco de um contra um, um verdadeiro duelo. Desde
modo, Sun Tzu traduz todo seu
ensinamento numa única frase:
Um grande general não é arrastado ao combate; ao contrário, sabe
impô-lo ao inimigo.
A fase das rotas
(lane phase) é um ponto crucial em
todo o jogo. Muitas vezes supervalorizado (quem nunca ouviu: “stompei minha lane e esses retardados
feedam!” ou “pqp esse <fulano>
feedou o cara no top, agora f*** tudo!”), é neste ponto onde as primeiras
vantagens são construídas. Seja em farm,
abates, assistência e objetivos (torres, dragões, etc.). E quantas vezes, esses
pontos são utilizados como ardis, como manobras, para nos levar a uma derrota
esmagadora no meio/final da partida?
Muitas pessoas não sabem lidar com adversidades. A regra
básica do LoL é: empurre seu
oponente contra a sua torre e faça-o ter dificuldades de farm. Se você observar jogadores profissionais perceberão uma
qualidade em quase todos eles: uma extrema noção e capacidade de farmar mesmo sobre pressão.
Aparentemente um conceito simples, traduz-se numa necessidade latente. Em jogos
competitivos é normal adotar um match-up
(combinação de campeões) que não é favorável, ou mesmo inversão de rotas
(2vs1), pensando em extrair vantagens ou anular determinadas desvantagens:
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Exemplo de lane 2vs 1 (fonte: web) |
Exemplo: uma Vayne que
teria dificuldades farmando contra
uma Caitlyn consegue prosperar no
topo com seu suporte contra um Nasus
e ainda atrapalhar brutalmente seu farming
do Ataque do Sifão (Q).
Um jogador experiente sabe, portanto, lidar com estas
situações. Pensemos neste mesmo Nasus,
que está contra uma Vayne e Thresh. Se ele agir de modo normal e
ficar no meio da sua rota, além de não conseguir lidar com a agressão da dupla
ficaria vulnerável a uma emboscada (gank) do jungler adversário. Qual a solução? Deixar que eles aparentemente
te pressionem e ficar no conforto de sua torre, farmando. Afinal, o “brilho” do
Nasus é no meio da partida, com seu Ataque do Sifão (Q) farmado e não morrendo no topo porque se
precipitou e caiu no paranauê.
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Não caia no paranauê, fera. (Fonte: web) |
Sun Tzu adota
algumas etapas para conferir a perfeita utilização das vantagens na preparação
para a batalha, conforme a imagem abaixo:
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(Fonte: web) |
Comentarei algumas delas fazendo alusão ao League of Legends:
1. Chegar cedo ao
campo de batalha. Obvio, não? Quem assistiu a classificatória da IEM(SP) ontem percebeu o quanto isto
fez diferença nos dois jogos da KeyD
contra a CNB e a Seven Wars. O suporte, Loop, por duas vezes foi pego num facecheck no level um e cedeu a primeira
morte (frist blood) ao time
adversário, fazendo-o começar com uma larga vantagem. Isto também se aplica aos
jogadores das rotas solos que precisam, normalmente, ajudar seu jungler e chegar rapidamente à rota para
não perder experiência e farm.
2. Induzir o inimigo.
Existem três táticas embutidas aqui: “quando tranquilo, esgota-o”, podemos
encarar isto como o haras, quando
você incomoda o seu inimigo. “Quando bem alimentado, definha-o”, digamos que
você já morreu uma ou duas vezes para seu inimigo. Você vai para cima? Não, absolutamente
não! Controle o farm e espere uma
oportunidade (um gank do seu jungler, por exemplo) para poder sobrepujá-lo,
encará-lo de frente só vai fazer aumentar sua vantagem. “Quando em repouso,
obrigue-lhe a mover-se”, podemos encarar isto como o roaming. Sair de sua rota
e ajudar as outras é uma boa forma de desestabilizar seu inimigo. Ou ele te
segue ou você conseguirá ajudar seus companheiros.
3. Descobrir onde ele
é mais forte e mais fraco. Esta é uma coisa que especialmente os junglers devem dominar. Saber qual rota
precisa ser ajudada e qual pode ser deixada de lado. Muitas vezes, na soloQ, vejo pessoas reclamando dos
jogadores desta posição e pedindo emboscadas (ganks). Porém, a função do jungler
é, na realidade, equilibrar a balança do jogo: seja ajudando uma rota que é
naturalmente mais fraca ou ajudando uma já em vantagem à criar a bola de neve (snowball). É preciso ter sabedoria para
executar isto.
Outro ponto abordado por Tzu é com relação aos terrenos de
batalha, algo que pretendo explorar no próximo artigo. Neste, tratamos dos pontos
fortes e fracos e trabalhamos alguns conceitos para além da “espada embainhada”,
como aperitivo, fiquem com esta citação:
Descobrindo a posição do inimigo
enquanto ocultamos a nossa, teremos força totalmente concentrada onde ele
estiver dividido. Se nosso exército estiver unido enquanto o exército do
inimigo estiver fragmentado, atacaremos como um só corpo e seremos muitos contra
poucos. Dessa forma, se formos capazes de golpear com uma força superior uma
força inferior, usando muitos contra poucos, qualquer um que levarmos a lutar
estará em situação de desespero.
Exatamente amigos, no nosso próximo artigo vamos tratar de Terreno. E, claro, lutas de equipe (teamfights)!
Até a próxima, guerreiros!